Resiliência urbana: prevenção para redução de riscos

Mais da metade da população mundial já vive em cidades, transformando-as na chave para a vida humana no século XXI. Neste contexto, o conceito de resiliência urbana pavimenta as discussões de como centros urbanos podem se preparar e se adaptar para enfrentar desastres naturais em um contexto de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e aumento da densidade populacional. Esta agenda norteia as ações da atual gestão municipal por meio da Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência de Salvador.
Resiliência, conceito originário da física, é entendida como o processo que envolve a capacidade de aprendizado e adaptação buscando, entre outras coisas, a redução de risco de desastres e a adaptação da cidade a eventos climáticos extremos. Desde 2016, a capital baiana passou a integrar a rede 100 Cidades Resilientes, fomentada pela Fundação Rockfeller, e adota, desde março, a Estratégia Salvador Resiliente, plano que contém 60 iniciativas para que a cidade seja mais resiliente, sustentável e inclusiva. O modelo de desenvolvimento territorial das cidades latino-americanas criou elementos geradores de risco, resultantes de ocupação irregular, em áreas ambientalmente sensíveis, com infraestrutura deficiente e baixo atendimento de serviços públicos. Esses fatores ampliam a vulnerabilidade de muitos cidadãos às ameaças naturais.
Em Salvador, os deslizamentos de terra se traduzem em um dos desastres que, historicamente, mais afetam comunidades, razão pela qual o prefeito ACM Neto destinou recursos e investimentos na modernização das atividades da Defesa Civil, seja em obras voltadas à prevenção e minimização do risco, a exemplo das geomantas e contenção de encostas, seja na inteligência da informação com a implantação do Centro de Monitoramento da Defesa Civil (Cemadec), um dos mais modernos do país. Como resultados dessas ações, reforçadas por ações educativas, o número de vítimas fatais reduziu-se após a implementação, a partir de 2016, do Plano de Proteção e Defesa Civil.
Entre as contribuições do órgão no campo da resiliência urbana está o banco de dados Mapa (Mapeamento e Projeto para Áreas de Risco) que, com a ajuda de tecnologia, moderniza a formatação de informações geoespaciais geradas pelas equipes da Defesa Civil. Os dados permitem o georreferenciamento preciso de áreas de risco passíveis dos efeitos de chuvas, como alagamentos e deslizamentos, localização de geomantas e hidrantes, levantamento de casarões, comunidades onde foram implantados projetos educativos, entre outros, contribuindo para que a gestão municipal possa melhor implementar políticas públicas e prevenir transtornos.
A redução de risco de desastres baseada em atividades preventivas, associadas à urbanização sustentável e engajamento comunitário, contribui com a transformação de áreas de risco em espaços de integração, o que vem acontecendo em Salvador. A capital, que adota políticas públicas baseadas no conceito de resiliência urbana, busca reduzir a pobreza, incrementar a geração de emprego e renda, a equidade social e as oportunidades de negócio, tornando os ecossistemas naturais e humanos mais equilibrados.
Artigo produzido por André Fraga e Sosthenes Macêdo, originalmente publicado na edição impressa em 08/05/2019 do Jornal Correio.
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