Ela salvou a humanidade da “peste das pestes”, ergueu impérios e o primeiro cartel farmacêutico do mundo, ajudou os aliados a vencerem a Segunda Guerra Mundial e foi parar na água tônica. Mas, o que essa história nos diz sobre o momento que vivemos e como a bioeconomia é a grande oportunidade para o Brasil no século 21?
Junho de 2020 bateu o recorde dos últimos 13 anos em queimadas na Amazônia brasileira. Foi o mês, também, em que fundos de investimento internacionais, operadores de 3,7 trilhões de dólares, alertaram as autoridades brasileiras que o fracasso do governo em proteger as florestas os fazem reconsiderar nosso país como o destino de seus investimentos. O governo não se preocupa, nega auxílio a indígenas para combater a COVID-19, enquanto o anti-ministro do Meio Ambiente, condenado por improbidade administrativa, segue entregando a encomenda: uma boiada para desmontar a política ambiental do país. Em paralelo, o Presidente desdenha diariamente da pandemia que já matou mais de 60 mil brasileiros e brasileiras, incentivando a ocupação ilegal de terras públicas protegidas, regularizando grileiros e anistiando criminosos que desmatam nossas florestas. O Palácio do Planalto parece com a caverna da série DARK, onde a cidadezinha de Widen tem uma caverna embaixo de uma usina nuclear que permite a viagem no tempo. Leva ao passado e ao futuro. O futuro é o caos após um acidente na usina e o passado apresenta a energia nuclear como a melhor opção.
Cada vez que o Presidente aparece, abre a boca ou assina um documento é como se entrássemos na caverna. É uma mistura do futuro caótico com crenças do século 19.
Uma frase famosa do irlandês Edmund Burke diz que “o povo que não conhece sua história está fadado a repeti-la”. Discordo, em parte. Tem coisas na história que nos ensinam e inspiram: devemos seguir seus passos. No Brasil de hoje, um pequeno grupo criminoso quer repetir o período ditatorial que vivemos no passado. Numa pandemia que derivou para crises de saúde, economia e política o presidente poderia se inspirar na história de como a humanidade conseguiu mitigar o impacto da malária, conhecida como a “peste das pestes”, mas história não é muito a praia dele. Prefere politizar a ciência, deixando o país há meses sem Ministro da Saúde, já que nenhum Ministro sério vai aceitar receitar um remédio, que o Presidente supõe curar a COVID-19.
PRESENTE PRECIOSO: Nessa gravura do século XVII, o Peru, simbolizado por uma criança, oferece um ramo de Cinchona, Quina, à figura da Ciência.
A malária é, assim como o coronavírus, uma doença zoonótica. Sua origem é um parasita do gênero Plasmodium, encontrado em chimpanzés na África Equatorial. A humanidade já a conhece há um bom tempo. O desenvolvimento da agricultura e o surgimento das cidades impulsionou o crescimento da população do Plasmodium, que está entre nós há pelo menos 50 mil anos. Ao longo da história, ela foi relatada por antigos escritos chineses, ficou conhecida como “febre romana” (e pode ter, inclusive, contribuído para a queda do império romano), ou “febre dos pântanos”. Ela chega nos humanos através da picada de mosquitos e ainda não há vacinas, mas alguns remédios tratam a doença. Entre eles, está a cloroquina. A mesma, “receitada” pelo Presidente para combater a COVID-19, produzida aos milhões pelo exército e encalhada depois que estudos científicos confirmaram que ela não tem eficácia. Como ele não gosta de história, certamente desconhece que a cloroquina só existe por causa de uma árvore da Amazônia.
Raimundo Nonato da Silva, o Doutor Raiz, raizeiro de Rio Branco (AC). Ele vende a casca da Cinchona ou Quina, seu nome popular, para fazer chá ou a garrafada de solução alcoólica da planta para quem chega em sua loja com problema de malária, de estômago, queda de cabelo e até lêndea. Uma ponta da bioeconomia.
A Cinchona é um gênero de árvores da Amazônia andina e é dela que se extraiu originalmente o quinino ou quinina: um pó branco, origem da quina, medicamento febrífugo, tônico e antisséptico, o primeiro a conseguir combater com eficácia a malária em larga escala.
Durante os séculos XV e XVI, uma transferência em larga escala de plantas, animais, cultura, populações humanas, tecnologia, doenças e ideias entre as Américas, a África Ocidental e a Europa, conhecida como troca colombiana em referência ao navegador Cristóvão Colombo, trouxe a malária para as Américas. Ela não existia aqui. A chegada dos Europeus também trouxe massacre. Há 350 anos, os espanhóis empreendiam o genocídio do povo Inca na América do Sul e duas histórias tentam contar como os poderes contra a malária da Cinchona teriam sido descobertos.
Uma delas diz que alguns incas perceberam onças doentes mordendo o tronco de algumas árvores e se curavam. Outra, contada pelos espanhóis, fala que um soldado espanhol, com todos os sintomas da malária, não conseguiu prosseguir com o exército e foi deixado para trás, condenado a morte. Com sede, teria chegado a um lago rastejando e bebeu água, dormindo em seguida. Quando acordou, estava melhor e lembrou então que um tronco rachado de uma grande árvore estava caído no lago e a água era amarga. Concluiu que a árvore, seu tronco, teria o poder da cura para a malária.
O batismo da árvore também tem uma origem controversa: a Condessa de Chinchón, esposa do Vice-Rei do Peru, Ana de Osório, teria adoecido de malária e sido curada pelo pó de quinina. Ela, então, coletou mais cascas da árvore e dado a outros doentes que também foram curados. Eles passaram a chamar o remédio de pó da condessa. Ana teria levado uma grande quantidade do pó quando retornou a Espanha. Porém, em 1940, um diário do Conde de Chinchón desmente a versão e diz que Ana nunca esteve na América. Entretanto, influenciado pela história, em 1742, o botânico suíço Carl Lineu batizou de Cinchona o gênero das árvores que produzem quinina, englobando cerca de 40 espécies.
Na verdade, a Cinchona já era conhecida pela farmacopeia inca e teria sido descrita pela primeira vez pelo padre jesuíta Antonio de la Calancha, na sua Crónica moralizada del orden de San Agustín en el Perú, de 1633:
“Uma árvore cresce, que eles chamam árvore da febre, na região de Loxa, cuja casca tem cor de canela. Quando transformada em pó, juntando-se uma quantidade equivalente ao peso de duas moedas de prata, e oferecida ao paciente como bebida, ela cura febre e … tem curado miraculosamente em Lima.”
Brasão do Peru: Cinchona em destaque.
O Plasmodium entra no ser humano, destrói as células vermelhas do sangue (hemácias) e provoca febres altas e intensas a cada dois ou três dias, seguidos de calafrios, dores de cabeça e no corpo, vômitos e suor excessivo. A quinina controla a febre, alivia as dores e mata os parasitas. Esse mesmo pó da casca da árvore é usado para câimbras musculares, distúrbios cardíacos e é parte importante da receita da água tônica. Em 1820, Pierre Pelletier e Joseph Caventou, dois químicos franceses, conseguiram extrair a quinina da casca da Cinchona. Publicaram todos os detalhes de como chegaram ao resultado para que todos pudessem produzir o remédio, sem cobrar por isso. No entanto, com a quinina sendo um insumo tão procurado, a venda de casca de Cinchona passou a ser um negócio muito lucrativo. Bolívia, Colômbia, Equador e Peru determinaram a proibição da exportação de sementes e plantas numa tentativa de manter o monopólio da produção e do comércio.
Porém, numa história que mistura espionagem, biopirataria e contrabando, as sementes foram parar na ilha de Java, controlada pela Holanda depois de terem sido recusadas pelos britânicos. França, Grã-Bretanha e Holanda buscavam quebrar o monopólio enviando expedições para obter sementes e plantas, geralmente contrabandeando-as ilegalmente para que pudessem ser replantadas em suas colônias. Um traficante australiano conseguiu convencer um índio Aymara a contrabandear sementes de uma espécie encontrada na fronteira Bolívia/Peru de Cinchona que continha mais alcaloides, e, consequentemente, mais quinina. Charles Ledjer, o contrabandista, vendeu as sementes por 20 dólares para o governo Holandês em 1861, enquanto que Manuel Incra Mamani, o nativo Aymara, não recebeu nada. Essa espécie foi batizada Cinchona ledgeriana em homenagem ao contrabandista, já Manuel Incra Mamani morreu depois de ser surrado e preso durante outra viagem de coleta de sementes, em 1871. Em 1930, a ilha de Java produzia 97% de toda quinina usada no mundo, que era levada para ser processada em Amsterdam e distribuída. A América teve roubada mais uma de suas fontes de riqueza.
Plantação de Cinchona em Java
A Grã Bretanha investia em uma extensa rede de jardins botânicos distribuídos pelo seu império colonial. Eles pesquisavam e domesticavam plantas através da transferência entres colônias, depois de estudá-las. Essa rede, comandada pelo Kew Gardens, em Londres, se estendia por mais de cem jardins botânicos espalhados pelas colônias. Em Kew, a Cinchona foi para uma estufa especialmente construída para receber suas sementes, traficadas, e outras sementes foram enviadas a Índia, para os jardins botânicos de Ootacamund e Calcutá, cruciais para a seleção de espécies e para o desenvolvimento de métodos de plantio e colheita. A árvore andina, domesticada, começou a ser cultivada na Índia.
Em paralelo, os holandeses criaram plantações, com sementes traficadas, na sua colônia em Java, hoje Indonésia, entre 1850 e 1870, em um esforço que envolveu plantadores particulares, o governo holandês e cientistas. Em 1880, a superprodução de quinina em Java reduziu o preço e forçou a mudança de cultura pelos plantadores britânicos na Índia.
Associações europeias de produtores de quinina, controlavam o processo industrial de derivar o quinino da árvore de Cinchona, manipulavam o mercado, mantendo o preço da casca baixo e o de seus produtos manufaturados alto de forma artificial, especialmente a quinina. Em 1913, depois de uma reação do governo holandês, estabeleceu-se o Acordo do Quinino, definindo preços fixos para a casca de Cinchona. Propagandeado como uma garantia de suprimento constante de quinino e em nome do bem-estar da humanidade, na prática, o Acordo do Quinino fundou o primeiro cartel farmacêutico do mundo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 600.000 soldados americanos na África e Pacífico Sul haviam contraído malária com uma média de mortalidade de 10%. Quando os alemães invadiram e tomaram a Holanda em 1940, o Japão ocupou a Indonésia em 1942, os aliados ficaram sem acesso a quinina. Mesmo que o último avião aliado a deixar as Filipinas, antes desta cair nas mãos dos japoneses, levasse 4 milhões de sementes de Cinchona que foram sem escalas para Maryland nos EUA, numa tentativa de suprir as tropas de remédio contra a malária, não adiantou. Germinadas, embarcaram para a Costa Rica para serem plantadas em um clima tropical, e, até mesmo, expedições foram enviadas ao Andes para buscar quinina. A guerra não dava trégua e, em paralelo, uma corrida química levou a sintetização em laboratório em 1944 por Robert Woodward e William Doering. Isso permitiu que as tropas aliadas não sucumbissem a malária e foi parte importante da vitória no Pacifico.
Estima-se em 250.000 o número de espécies vegetais usadas na medicina popular em todo o mundo, mas menos de 10% delas tem sua atividade farmacológica e bioquímica estudada. O Brasil é o país mais megadiverso do planeta. Nossa abundante variedade de vida se traduz em mais de 20% do número total de espécies do planeta. Temos 48 mil espécies de plantas registradas e todo ano novas 250 são descobertas. O abacaxi, o amendoim, a castanha do Brasil (ou do Pará), a mandioca, o caju, o açaí e a carnaúba são originárias do Brasil e possuem importância econômica mundial. Além disso, há uma preciosa sociodiversidade entre os mais de 200 povos indígenas, comunidades quilombolas, caiçaras, seringueiros, assim como agricultores tradicionais, detentores de muito conhecimento tradicional sobre uso e conservação de nossa biodiversidade.
O site do Ministério do Meio Ambiente traz uma constatação de como não sabemos explorar essa potência que possuímos: “…apesar de toda esta riqueza em forma de conhecimentos e de espécies nativas, a maior parte das atividades econômicas nacionais se baseia em espécies exóticas: na agricultura, com cana-de-açúcar da Nova Guiné, café da Etiópia, arroz das Filipinas, soja e laranja da China, cacau do México e trigo asiático; na silvicultura, com eucaliptos da Austrália e pinheiros da América Central; na pecuária, com bovinos da Índia, equinos da Ásia e capins africanos; na piscicultura, com carpas da China e tilápias da África Oriental; e na apicultura, com variedades de abelha provenientes da Europa e da África”. É certo que temos grandes exemplos de agroindústria respeitando nossa sociobiodiversidade e como parte de sua estratégia empresarial. Porém, nossa estrutura econômica ainda foca massivamente na produção de alimentos como commodities para abastecer mercados internacionais, com baixíssimo valor agregado e alto impacto socioambiental.
Conhecemos menos de 2 milhões das estimadas 100 milhões de diferentes espécies vivas do planeta. A biodiversidade é esse conjunto de vida: toda a variedade de espécies da flora, fauna e micro-organismos; as funções ecológicas desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e as comunidades, habitats e ecossistemas formados por eles; sendo responsável pela estabilidade dos ecossistemas, pelos processos naturais e produtos fornecidos por eles e pelas espécies que modificam a biosfera. Assim, espécies, processos, sistemas e ecossistemas criam coletivamente as bases da vida na Terra: alimentos, água e oxigênio, além de medicamentos, combustíveis e um clima estável, entre tantos outros benefícios. A perda de florestas e a extinção de espécies representam o maior risco para a economia global, de acordo com o último relatório do Fórum Econômico Mundial. A nossa biodiversidade precisa de mais investimento em pesquisa e preservação que garanta acesso a recursos genéticos presentes em nossas florestas. O valor da biodiversidade ainda não conhecida é incalculável e em sua conservação e uso sustentável estão as bases da bioeconomia.
Para termos uma ideia do potencial da biodiversidade, a busca pela sintetização do princípio ativo da quinina presente na Cinchona gerou um novo corante quando o químico Willian Perkin acabou desenvolvendo acidentalmente e passou a abastecer a nascente indústria britânica da Revolução Industrial em 1856. Isto deu origem à moderna indústria química de corantes, perfumaria e medicamentos. Sua descoberta influenciou o destino de várias empresas, principalmente a BASF (Badische Anilin-& Soda-Fabrik), AGFA (Aktiengesellschaft für Anilinfabrikation) Bayer e Hoechst, que diversificaram sua produção em vários outros segmentos, transformando-as em impérios que valem bilhões. Compostos ativos descobertos a partir de produtos naturais podem ser otimizados por meio da química, gerar emprego, renda e melhorar a vida das pessoas. A Bayer ganhou impulso também com o desenvolvimento da Aspirina, que teve seu princípio ativo sintetizado da casca de uma outra árvore: o salgueiro, e a Alemanha está longe, bem longe, de figurar entre os países de maior biodiversidade do mundo.
Segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), atualmente a bioeconomia movimenta cerca de 2 trilhões de euros no mercado mundial e gera 22 milhões de empregos. Investir na bioeconomia é a chave para alcançarmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU), mas o Brasil ainda não entrou no jogo, apesar do nosso potencial quando se fala no principal insumo da bioeconomia: a biodiversidade.
Apesar do Brasil ser o país com maior riqueza vegetal do mundo, seguido pela China, Indonésia, México e África do Sul, ainda há enormes desafios para a identificação do nosso real potencial. Existem muito mais informações sobre as regiões Sul e Sudeste onde se concentram as coletas de plantas, os grupos de especialistas e as instituições de pesquisa, do que nas outras regiões. Em função disso, estima-se que, só no estado do Amazonas, deve haver pelo menos mais 20 mil espécies ainda não amostradas. A Bahia é o segundo estado com maio diversidade do país e também é um dos que mais desmata. A região norte tem um outro desafio: identificar a biodiversidade antes que a floresta seja dizimada. O desmatamento anda mais rápido que a capacidade de a conhecermos e, sem tempo para conhecermos a fundo a biodiversidade da floresta, perdemos a oportunidade de transformá-la em emprego, renda, negócios e prosperidade.
Alguns movimentos, mesmo que tímidos, vêm se configurando. Empresas do Polo Industrial de Manaus são obrigadas a repassar 5% do que faturam à pesquisa tecnológica, o que representa 700 milhões de reais anualmente. Era uma determinação restrita às inovações do mundo digital, já que esse mecanismo está previsto na Lei da Informática, mas recentemente uma mudança nessa mesma lei, passou a permitir que o acesso aos recursos possa ser também por projetos de biotecnologia, entre outros ramos da bioeconomia. Porém, para que a bioeconomia desponte é preciso mais.
Especialistas apontam outras quatro frentes necessárias: disponibilidade de insumos naturais (ainda temos e teremos se não destruirmos a floresta), leis, instituições maduras para uso desses recursos, financiamento e capital humano capacitado para a biotecnologia do século XXI. É, sem dúvidas, a melhor forma do Brasil sair da cultura do extrativismo e entrar na economia do conhecimento.
Mas, o horizonte para a bioeconomia no Brasil não é muito animador. O Presidente, que já foi multado por atentar contra a biodiversidade ao pescar em uma estação ecológica, tem criado barreiras para a fiscalização, aplicação e recolhimento de multas, além de se posicionar publicamente contra ações para combater desmatadores criminosos na Amazônia, forçando a demissão de servidores do IBAMA. Mesmo com números crescentes de desmatamento, o número de multas aplicadas pelo IBAMA é o menor em 24 anos. A Mata Atlântica vinha se recuperando lentamente, entretanto, teve 27,2% de aumento no desmatamento entre 2018 e 2019. Em 2018, lideramos o desmatamento de florestas primárias no mundo, segundo a plataforma Global Forest Watch. Enquanto isso, o Ministro da Comunicação relatou recentemente que caso alguém queira sair de Manaus de avião e ver Mata Atlântica, “você fica ali três horas sem parar vendo Mata Atlântica, atrás de Mata Atlântica”, e o Brasil passa vergonha atrás de vergonha.
Para Kristalina Georgieva, economista búlgara e atual chefe do FMI, “quem não gosta de pandemias, não vai gostar nada de crises climáticas”, ao citar como o FMI enxerga a retomada econômica pós coronavírus. Se até o FMI acredita que uma economia de baixo carbono, mais resiliente do ponto de vista climático é a nossa única opção, é por que já passamos do ponto de retorno. A Europa já estrutura o seu Green New Deal, pavimentando mais uma vez a sua liderança.
Se uma única árvore da Amazônia possibilitou o surgimento de impérios industriais e rendeu bilhões de dólares a alemães, britânicos, holandeses e americanos, onde essa árvore sequer nascia, quanto nós temos em nossas florestas? Até quando vamos seguir queimando dinheiro e destruindo nossas florestas para passar a boiada do atraso?